sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Atividades economicas

Os Ticuna praticavam o cultivo de espécies nativas como a macaxeira, o cará, uma espécie de cana-de-açúcar e outros tubérculos. Antigamente, com uma alimentação baseada na carne de caça, a pesca tinha uma importância mínima e era praticada com uma tecnologia de cercados e envenenamento dos peixes com o sumo do timbó.

População e localização dos ticunas

Classificação lingüística: Tikuna
População: 35.000 (2008)
Local: Amazonas
Maior etnia da Amazônia brasileira, conta com uma população de 20.135 indivíduos, que ocupam cerca de 70 aldeias às margens do rio Solimões, no Estado do Amazonas. Outra parte do grupo vive no Peru. As meninas, quando ficam menstruadas, são submetidas a um ritual de iniciação, que sempre acontece na lua cheia, representando a bondade, a beleza e a sabedoria. Nesta festa, os índios fabricam máscaras de macacos e monstros e enfeites para as virgens. Um dos índios usa uma máscara com cara de serpente e incorpora o espírito do principal personagem do ritual, um monstro que vivia na água. Durante os festejos, o monstro faz gestos obscenos que divertem a tribo. Ele também ronda o cubículo onde fica a menina, batendo com um bastão no chão. Durante três dias e três noites, essa garota é protegida por duas tias que aproveitam o tempo dando conselhos de como ser uma boa mulher Tikuna: respeitar o marido, ser ativa e trabalhadeira.

História dos Índios Ticunas

De acordo com a história oral relatada pelos próprios ticunas, eles eram índios que habitavam a terra firme e as cabeceiras dos igarapés. Viviam em constante guerra com outras tribos e aldeias ticunas, sempre liderados por um tó-i (chefe militar). Durante esse período, seu principal inimigo era o povo omágua (awane na língua ticuna) que dominava boa parte da várzea e possuía uma supremacia militar, em relação aos seus vizinhos.Os primeiros contatos com os não índios datam do final do século XVII, quando jesuítas espanhóis vindos do Peru, liderados pelo padre Samuel Fritz, começaram a fundar diversos aldeamentos ao longo do rio Solimões, aldeamentos estes que correspondem aos atuais municípios de São Paulo de Olivença, Amaturá, Fonte Boa e Tefé. Tais aldeamentos eram voltados, principalmente, para os omáguas, que eram muito mais numerosos na época, porém outros povos acabaram sendo incorporados, como os ticunas, miranhas, xumanas, passés e juris (sendo esses três últimos extintos em meados do século XIX). Nesse momento dos aldeamentos, os ticunas puderam ocupar locais da várzea do rio Solimões antes ocupados pelos omáguas